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  • Foto do escritorPatrícia e Rafaela

DIA INTERNACIONAL DA MULHER: 10 diretoras por trás de grandes obras em 2020/2021

Desde que começamos a escrever no Sétima sala, postamos em março uma lista em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.


Percebemos nos últimos anos um aumento de grupos que defendem a submissão feminina a partir de pressupostos do “orgulho masculino”. Também, não ignoramos que vivendo em um país com altíssimos índices de violência contra mulher, que pouco ou quase nada faz para reverter a situação. Nesse contexto, lembrar da luta das mulheres pelos direitos mais elementares, seja os não alcançados, seja a manutenção dos que formalmente conquistaram, tem se tornado cada vez mais relevante e urgente.

E onde fica a arte nisso tudo? A arte, capaz de transmitir as mensagens mais profundas pela invocação de sentimentos, consegue ser uma plataforma de denúncia e de sonhos, com um alcance sensacional pois, ao nos fazer viver com os personagens, ela consegue gerar empatia, algo cada vez mais difícil de se encontrar em um mundo dominado por discursos de ódio.


Sendo assim, a representatividade é tudo! É forma de inspirar novas gerações que ao ver outra mulher entende que também pode chegar lá. É forma de incentivar a produção de obras com temáticas relevantes para o grupo representado. Mas mais do que isso, é forma de que mesmo abordando temáticas corriqueiras, o ângulo, a lente, sobre a qual a história é construída, traga mesmo que de forma extremamente sutil, outra configuração das relações interpessoais e outras construções de subjetividades em seus personagens.


Não é de hoje que sabemos, que na produção de um filme em Hollywood, um dos papéis com maior dificuldade para encontrar mulheres é na direção, e quanto maior o orçamento do filme menor a chance de ser dirigido por uma mulher. Não é de hoje, a crítica dura a falta de incentivo pelas produtoras a obras dirigidas por mulheres e a crítica a falta de indicação nas premiações do cinema norte americano para direções femininas.


Então, talvez, represente, uma pequena luz no fim do túnel o ano de 2020 e a temporada de premiações de 2021. No Gothan Awards as cinco obras indicadas a melhor filme eram dirigidas por mulheres, No independent spirit Awards dos cinco indicados a direção quatro eram mulheres. Mesmo no globo de ouro de cinco vagas três foram ocupadas por mulheres e Chloé Zhao venceu o prêmio de melhor direção pelo seu trabalho em Nomadland e acreditamos que podemos esperar o mesmo padrão


Um estudo realizado pelo Centro para o Estudo das Mulheres na Televisão e no Cinema da Universidade Estadual de San Diego, divulgado pela Variety, a partir da análise das 100 maiores bilheterias do ano nos Estados Unidos, constatou que enquanto em 2018 o percentual de diretoras era de 4%, em 2019, passou para 16% e em 2020 alcançou 20%. O mesmo estudo observou que em obras com direção feminina há mais mulheres em outros cargos importantes no set.


Trazemos então, nesse ano, uma lista com 10 mulheres que com seu excelente trabalho, dirigiram obras inspiradoras que se destacaram na “Corrida do Oscar” em 2020/2021, diga-se de passagem nossos filmes favoritos de 2020 estão nessa lista.

Chloé Zhao - Nomadland


Kelly Reichardt - First cow


Eliza Hittman - Nunca, raramente, às vezes, sempre


Regina King - Uma noite em Miami


Kitty Green - A assistente


Sofia Coppola - On the rocks


Radha Blank - The forty year old version


Autumn de Wilde - Emma


Channing Godfrey Peoples - Miss Juneteenth


Emerald Fennell - Bela vingança



Esperamos que gostem e não deixem de comentar o que acharam dos filmes e nos indicar outros trabalhos.


Rafaela e Patrícia Lourenço


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