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  • Foto do escritorPatrícia e Rafaela

OSCAR 2020: Coringa

Atualizado: 30 de mai. de 2020

Quando pensamos em um dos vilões mais famoso de todos os tempos, pensamos em Coringa. E quando pensamos no Coringa, as opiniões se dividem no pioneiro, Jack Nicholson, e no “Why so serious” Heath Ledger. No entanto, nem A, nem B, eis que surge mais um Coringa em um longa metragem que conta sua história. Dirigido por Todd Phillips, o filme é o campeão nas indicações ao Oscar 2020 com 11 categorias, dentre elas: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Figurino, Melhor Cabelo e Maquiagem, Melhor Trilha Sonora, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som.


Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza em 2019, o filme conta, com excelência, a história de um vilão que se torna tal, por ser fruto de uma sociedade desigual.

Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) vive à margem da sociedade com sua mãe, Penny (Frances Conroy), uma mulher doente e dependente de seu filho em Gotham City. Sobrevive fazendo bicos encarnando a figura de um palhaço e, sofre de um transtorno neurológico que faz com que ele ria em situações de nervoso, com gargalhadas mesmo. Vemos um Coringa reflexo de uma vida de alienação parental, abusos e abandono. Um personagem complexo que traz o fascínio para um vilão já conhecido. Como um feitor do caos, Arthur Fleck é um homem comum com sonhos e ambições, até que se viu sem políticas de assistência com reflexos de relações familiares e interferência social, sofrendo nas mãos de uma sociedade doentia. O cineasta Todd Phillips nos mostra exatamente isso.


Numa época em que a divisão econômica e desigualdade social aumenta a cada segundo, o filme aponta seu direcionamento político e social. Basicamente, Gotham está posicionada para o caos, só falta o precursor. É um filme duro, de realidades não tão distantes, chegando ao ponto de, mais à frente, Arthur diz: “O difícil de ser um doente mental é que todo mundo espera que você aja como se não fosse”.

Á respeito da parte técnica do longa, são utilizados muitos closes para transpassar as emoções de Arthur, além disso vemos muitos contra-plongée com a tentativa de colocar o personagem até então frágil de uma forma imponente. Também precisamos falar de Joaquin Phoenix interpretando maravilhosamente o personagem Coringa. Ao que tudo indica, Phoenix será premiado como Melhor Ator no Oscar 2020, seguido de prêmios como Globo de Ouro e Bafta. Com 23 quilos a menos, conhecemos uma atuação completamente nova do ator. Com sua coluna inclinada para demonstrar fragilidade, passos de dança (a cena do banheiro do metrô em que ele dança, é uma das minhas preferidas). Em interpretação espetacular, Phoenix traz originalidade ao novo Coringa, capaz de arrepiar com gargalhadas alucinantes emendadas com choro sempre envolto em mágoa, em todas as cenas do filme o ator dá aula de interpretação.


É filme um dramático, visceral, voraz e violento, mas o principal, ele te inquieta, te tira do teu lugar comum, afinal, esse cenário que vemos transformar Arthur Fleck em Coringa, vive ao nosso redor, basta olhar!


Beijos, Patrícia L.



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